PORTUGAL

Vantagens competitivas de Portugal na hibridização de projetos de energias renováveis

As energias renováveis em Portugal têm crescido de forma muito significativa nas últimas décadas, tendo um papel central na transição energética e no cumprimento de metas de descarbonização.

Mais recentemente, e em particular a partir de 2021, é notório o início da substituição do recurso tradicional pelo aproveitamento de mais recurso solar, eólico e hídrico. Hoje, o país conta com uma capacidade de geração elétrica que ronda os 24,6 GW, dos quais cerca de 76% correspondem a renováveis, segundo dados da Associação de Energias Renováveis (APREN).

Portugal quer ir mais além e tem como meta garantir que 85% da sua eletricidade é de origem renovável até2030, de acordo com o Plano Nacional de Energia e Clima 2030. É uma meta importante e estamos confiantes no potencial de Portugal como um mercado europeu relevante para a produção de energia verde, especificamente projetos solares fotovoltaicos, eólicos e de armazenamento de energia.

Os projetos da Lightsource bp não só contribuem para este objetivo como são também importantes para a diversificação das fontes energéticas renováveis: vamos instalar 2.5 GW de energia solar no país, um compromisso que implica um investimento de mais de 2.000 milhões de euros.

A hibridização de projetos de energia renovável pressupõe a combinação de várias fontes de energia renovável (por exemplo solar e eólica) num mesmo projeto. O tema foi discutido no Lisbon Energy Summit 2024, que decorreu de 27 a 29 de maio na capital portuguesa.

Miguel Lobo, Head of Country da Lightsource bp em Portugal, participou num dos painéis desta conferência internacional de três dias, juntamente com outros especialistas do setor. No painel sobre a hibridização de projetos de energias renováveis onshore, os especialistas debateram as vantagens, mas também os desafios que se colocam a estes projetos.

Miguel Lobo afirmou que “Portugal tem uma vantagem competitiva muito forte” face a outros países europeus por ser um país com grande recurso solar. “Portugal está entre os países europeus com melhores níveis de irradiação solar. Isto tende a reduzir o valor da fatura de eletricidade, beneficiando as famílias e as empresas e a economia como um todo”, afirmou.

Para Miguel Lobo, a hibridização pode ser “uma grande oportunidade” sobretudo se houver complementaridade, destacando que “a produção de energia eólica é muito complementar à produção de energia solar em Portugal”, o que deve ser aproveitado. No entanto, persistem desafios. Para Miguel Lobo, o processo de licenciamento, a disponibilidade de terra e a estabilidade regulatória são os principais desafios. O responsável referiu que, em primeiro lugar, é importante “agilizar os processos de licenciamento,” que são muitas vezes morosos.

Em segundo lugar, Miguel Lobo destacou que a contratação de terrenos é um desafio quando se está a hibridizar um projeto porque é preciso encontrar as melhores localizações, que, “em Portugal, já estão ocupadas”. Finalmente, defendeu que a estabilidade regulatória é fundamental para os promotores destes projetos por estarem em causa investimentos de longo prazo.

Em conclusão, Miguel Lobo afirmou que a hibridização de projetos de energia renovável “é uma grande oportunidade”, mas defendeu que “os vários governos têm de criar condições de estabilidade” aos vários níveis porque, “em última instância, os projetos têm de ser rentáveis”.

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