Impulsionar a transição energética em Portugal: desafios e objetivos das energias renováveis
Impulsionar a transição energética com vista a garantir um futuro energético mais limpo, confiável e sustentável é um dos objetivos da Lightsource bp. É um objetivo que não só se alinha com as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, como é fundamental para proteger a biodiversidade e atingir benefícios sociais e económicos, como a criação de empregos verdes e a descentralização da produção de energia.
Para alcançar os objetivos estabelecidos, os principais desafios incluem a necessidade de modernizar a infraestrutura elétrica, garantir a estabilidade da rede e promover a aceitação social de novos projetos energéticos. Além disso, a integração de fontes de energia intermitentes requer avanços tecnológicos e melhorias na capacidade de armazenamento de energia. Os objetivos centrais desta transição são aumentar significativamente a quota de energias renováveis no cabaz energético, reduzir as emissões de carbono e aumentar a independência energética do país.
Estes foram alguns dos temas discutidos na Energyear 2024 Portugal, onde a Lightsource bp marcou presença. Miguel Lobo, Country Head da Lightsource bp em Portugal, participou num painel intitulado “Impulsionar a transição energética em Portugal: desafios e objetivos das energias renováveis”, juntamente com outros especialistas do setor.
As perspectivas de Portugal para cumprir os objetivos de energias renováveis até 2030 são promissoras, mas não desprovidas de desafios. O país tem demonstrado um forte compromisso com a transição energética, com metas ambiciosas de alcançar 85% de eletricidade de origem renovável até 2030, de acordo com o Plano Nacional de Energia e Clima 2030.
Os dados mais recentes da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) revelam que, em maio deste ano, a incorporação de energias renováveis em Portugal atingiu 84,5% – um número que destaca o empenho contínuo do país na transição para uma matriz energética mais sustentável e eficiente. No entanto, também levanta questões sobre a velocidade com que Portugal está a progredir em direção às metas estabelecidas para 2030 e 2050.
Sobre este tema, Miguel Lobo classificou as metas renováveis do país como “ambiciosas, principalmente ao ritmo de implementação em que estamos. É preciso acelerar a implementação dos projetos de energia renovável e criar condições favoráveis ao investimento tanto em projetos de produção de eletricidade como para grandes consumidores eletrointensivos. Produção e consumo deverão andar de mãos dadas para se garantir a viabilidade da transição energética”.
“A Lightsource bp está a contribuir para esta transição. Em Portugal, em particular, vamos desenvolver 2.5 GW de energia solar, um compromisso que implica um investimento de mais de 2.000 milhões de euros. É uma meta importante e estamos confiantes no potencial de Portugal como um mercado europeu relevante para a produção de energia verde, especificamente projetos solares fotovoltaicos e de armazenamento de energia”, afirmou.
No entanto, alguns obstáculos significativos persistem. A complexidade nos processos de licenciamento foi um dos principais desafios abordados no painel. Em Portugal, esta demora é agravada por burocracia complexa, falta de coordenação entre diferentes entidades reguladoras e escassez de recursos humanos especializados. Esta é uma questão importante uma vez que Portugal compete com outros mercados europeus na atração de investimentos em energia solar.
A edição de 2024 do Energyear Portugal contou com mais de 350 participantes, permitindo uma troca de ideias e debate sobre os progressos na integração das energias renováveis em Portugal e os desafios e oportunidades na transição energética em curso.
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